A não perder o último filme do aclamado realizador Quentin Tarantino.
A princípio assustei-me quando reparei, no bilhete de cinema, na duração do filme:"2 horas e meia!? Chiça, não tou com muita paciência", pensei eu para com os meus botões... mas mordi a língua, pois o filme agarrou-me de tal maneira, desde o princípio até ao fim, que nem dei pelas horas passarem! Adorei, desde o guarda-roupa, aos diálogos, às interpretações... e claro, a excelente fotografia, com a qual Tarantino já nos presenteia há já uns anitos.
Este filme é o "filme de guerra" do realizador. O resultado final é uma homenagem à história do cinema, mascarada de fantasia de vingança, em que um grupo de judeus liderado por Brad Pitt massacra nazis e tenta acabar com o III Reich.
Quentin Tarantino queria fazer um filme de guerra à antiga, com um grupo de homens numa missão. A acreditar nos cartazes promocionais, teria feito precisamente isso. Mas essas primeiras imagens induziam o espectador em erro. Sim, a acção decorre na França ocupada e meia dúzia de militares judeus mata um número exagerado de nazis, mas, no fundo, Sacanas Sem Lei é mais um testemunho do amor do americano pelo cinema, com tantas (ou mais) referências cinéfilas como qualquer filme da sua carreira.
De notar que Sacanas Sem Lei é mais que uma história de um grupo de judeus, liderados por Brad Pitt e decididos a acabar com o III Reich, reunindo o maior número possível de escalpes nazis enquanto o fazem. É isso, mas é também a história de uma judia, interpretada por Mélanie Laurent, que usa as bobinas de 350 fitas em nitrato para pegar fogo à sala onde se encontram os principais líderes alemães, como Hitler ou Goebbels. Ou de Hans Landa, "o caçador de judeus" que vai desempenhar um papel fulcral nesta história alternativa e revisionista.
Esta última personagem é, de resto, uma das mais interessantes e, a meu ver, só por ele vale a pena ir ver o filme.. E Christoph Waltz, o actor austríaco que encarna o coronel nazi, foi distinguido em Cannes e é uma das revelações de um elenco onde não faltam intérpretes europeus. Não só, mas também, porque no espaço de duas horas e meia, o ouvimos falar fluentemente quatro línguas, francês, inglês, alemão e, por fim, italiano.
1 comentário:
Este blog está uma desgraça... não se passa nada! Ainda está pior que o meu!
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